A média de gols da Copa do Mundo está bem alta. Com 40 dos 64 jogos realizados até agora, o Mundial no Brasil tem média de gols de 2,93. O Grupo B - com Holanda, Chile, Austrália e Espanha - tem a incrível média de 4,25 gols por jogo. A média do Mundial do Brasil é ainda mais surpreendente se analisarmos os números das duas últimas edições do evento. Na Alemanha-2006, a média foi de 2,29 gols por jogo. No último Mundial, na África do Sul, em 2010, o número caiu para 2,26, a segunda pior da história das Copas. Até agora, a média de gols da Copa de 2014 é a mais alta desde o Mundial de 1970, que teve 2,96 gols por jogo em média até o momento.
Porém, o que está chamando atenção é a falta de gols de falta. Seria o uso do spray que estaria influenciando?
Parando para analisar, o spray veio para ajudar a deixar a barreira no lugar correto, fazendo com que os jogadores adversários não se adiantem dentro da medida correta determinada pelo juiz. Como antes não existia o equipamento, os árbitros davam passadas mais largas, já imaginando que a barreira iria diminuir a diferença até a bola.
Pensando nos batedores de falta, o spray poderia estar tirando a atenção da bola na hora da cobrança, já que o jogador estaria dividindo sua atenção na bola e também na marca que está em sua volta.
O que temos que destacar é que os atletas estão respeitando o spray, tanto é que nenhum cartão amarelo foi dado nesta Copa para jogador que se adiantou na barreira.
Até o momento, apenas dois gols de falta foram convertidos, sendo um verdadeiramente bem cobrado, passando a bola por cima da barreira e caindo dentro do gol, que foi do argentino Lionel Messi nesta quarta-feira contra a seleção da Nigéria.
Gol de falta do argentino Lionel Messi contra a seleção da Nigéria |
Foto: Reprodução |
Para quem não sabe, o Spuni, nome do nome do spray que vem sendo utilizado nesta Copa do Mundo pela primeira vez, foi desenvolvido pelo brasileiro Heine Allemagne.
Gol de Dzemaili no jogo Suíça x França |
Foto: Dimitar Dilkoff / AFP |